Ferreira Gular
Filho de Alzira Ribeiro Goulart e de Newton Ferreira, Ferreira Gullar tinha dez irmãos. Em entrevista ao portal do jornal Tribuna do Norte, Gullar explicou a utilização dos sobrenomes do pai e da mãe para a criação de seu pseudônimo. Segundo ele, seu nome de origem, Ribamar, é muito popular no Maranhão, então decidiu pegar o último sobrenome do pai e somá-lo à grafia alterada do último sobrenome da mãe, que passou de Goulart para Gullar. "Como a vida é inventada eu inventei o meu nome", afirmou Gullar. Gullar, junto a outros nomes como Bandeira Tribuzi, Lago Burnet, Luci Teixeira, José Sarney, José Bento, entre outros autores, compunha um grupo literário disseminado para outros locais do Brasil por meio da publicação que apresentou o movimento pós-modernista ao Maranhão, a revista Ilha, que Gullar ajudou a fundar. De acordo com alguns críticos literários, Ferreira Gullar é o maior poeta brasileiro vivo. Isso se deve a sua prolífica produção em diversos campos artísticos ao longo de mais de 60 anos, nos quais o poeta pode vivenciar e participar dos acontecimentos de maior relevância no que se refere à poesia do país. Ferreira Gullar foi um dos principais nomes da poesia concreta. Na época, morava no Rio de Janeiro e produziu material bastante inovador. Um exemplo disso são seus poemas gravados em placas de madeira. No ano de 1956, foi um dos expositores de um evento concretista tido como o primeiro marco da poesia concreta no Brasil. Porém, três anos depois, Gullar se afastou dos concretistas para criar, ao lado de Hélio Oiticica e Lígia Clark, o movimento neoconcretista. Entre as principais características deste novo movimento estavam a subjetividade e valorização da expressão,