Ferramentas e corte
Já estamos no segundo livro do módulo Processos de Fabricação e você deve estar se perguntando “Quando é que eu vou pôr a mão na massa?” Você tem razão em sua dúvida. Na verdade, até agora você estudou processos predominantemente metalúrgicos de fabricação e não processos mecânicos.
A explicação para isso é que queremos que você tenha uma visão bem ampla dos processos de fabricação, de modo que seja possível perceber em que parte desse processo você vai estar entrando. Assim, até agora estudamos processos que preparam a matéria-prima que vai ser usada na usinagem, a maior “família” dos processos de fabricação mecânica que se conhece.
A partir desta aula, você vai ver que depois que o material é fundido, laminado, ou forjado, quase que necessariamente, ele terá de passar por uma operação de usinagem para se transformar no produto final.
“Mas, o que é essa tal de usinagem?” Se você quer mesmo saber, estude esta aula com atenção.
Com cavaco ou sem cavaco?
Todos os conjuntos mecânicos que nos cercam são formados por uma porção de peças: eixos, anéis, discos, rodas, engrenagens, juntas, suportes, parafusos, carcaças... Para que essas peças sirvam às necessidades para as quais foram fabricadas, elas de-
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vem ter exatidão de medidas e um determinado acabamento em sua superfície.
A maioria dos livros sobre processos de fabricação diz que é possível fabricar essas peças de dois modos: sem a produção de cavacos, como nos processos metalúrgicos (fundição, laminação, trefilação etc.), e com produção de cavacos, o que caracteriza todos os processos de usinagem.
Na maioria dos casos, as peças metálicas fabricadas por fundição ou forjamento necessitam de alguma operação posterior de usinagem. O que acontece é que essas peças geralmente apresentam superfícies grosseiras que precisam de melhor acabamento.
Além disso, elas também deixam de apresentar saliências, reentrâncias, furos com rosca e outras