Fernando de Azevedo
Foi funcionário público, sociólogo e educador brasileiro nascido em São Gonçalo de Sapucaí, MG, e um dos responsáveis pela reforma do ensino no país. Desenvolveu a primeira e grande pesquisa sobre a situação da educação em São Paulo. Participou do movimento reformador da educação pública, da década de 20, que ganhou o país e foi impulsionado pela Associação Brasileira de Educação, fundada em 1924. Promoveu ampla reforma educacional no Rio de Janeiro entre 1927 e 1930, animado pela proposta de extensão do ensino a todas as crianças em idade escolar; conexão de todos os níveis e modalidades de ensino – primário, técnico profissional e normal; e adaptação da escola ao meio-urbano, rural e marítimo. Fundou a Biblioteca Pedagógica Brasileira e em 1932, redigiu e lançou, junto com outros 25 educadores e intelectuais, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Como diretor-geral, promulgou o Código de Educação do Estado de São Paulo (1934) e participou da fundação da Universidade de São Paulo. Foi durante sua vida se transformando em um intelectual extremamente crítico quanto ao papel da escola, entendendo-a em 1954 como instrumento de manutenção do status. Foi o principal introdutor das concepções do sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) no Brasil. Durkheim acreditava que a educação deveria ter como objetivo integrar os indivíduos, situação em que teriam consciência das normas de conduta social e do valor da coletividade a que pertencem. Em Princípios de Sociologia (1935), faz a primeira explicação sistematizada e crítica das idéias sociológicas para professores e estudantes no país. Discute, a natureza objetiva dos fatos sociais, a constituição de uma ciência particular do social, a luta pela autonomia da sociologia como ciência e as grandes correntes do pensamento sociológico. O ano de 1932 é decisivo em sua carreira. Neste ano,