Fernand Léger
Léger se destaca por uma integração homem-máquina que o distingue de qualquer outro pintor. Inventa uma vida plástica e colorida, partindo da precisão das máquinas e fazendo abstração do espaço. Sinais ferroviários, bielas e trilhos alternam em telas imensas com palhaços, bailarinas e operários.
“Acrobatas do circo”, 1918.
Léger se preocupa mais com o aspecto sensorial do tema do que com a rigorosa análise cubista da relação espaço-objeto. Liga os objetos tubulares, geometricamente cortados, a elementos naturalistas do ambiente, através de formas ligeiramente arredondadas e amplas, cujas cores contrastantes lhes revelam o dinamismo.
Travessia Ferroviária, 1919
A partir de 1920, predomina em sua obra a figura humana enquadrada por elementos industriais.
“Os Construtores”, 1950.
LÉGER criou, a partir do Cubismo Sintético, uma linguagem pictórica que, segundo ele esperava, levaria a arte ao mundo do trabalho e do lazer do proletariado.
Formas vigorosas e claramente definidas, sugerindo máquinas, são apresentadas em cores enérgicas que dão uma nota de alegria e otimismo a um mundo mais habitualmente associado à fumaça e graxas. Assim, LÉGER não representa as misérias da classe trabalhadora, mas usa sua arte para celebrar o mundo do trabalho viril e vigoroso.
Para ele, os objetos simbólico-emblemáticos da civilização moderna são as engrenagens, as tubagens, as máquinas, os operários da fábrica.
Suas obras mais conhecidas são: "Os acrobatas" (1933), “Three Woman” (1921), “Big Julie” (1945), “Acrobatas do circo”, 1918, “Os Construtores”, 1950 , “Contrates das formas” (1913), “A Compoteira de Peras”, 1923, “Natureza morta com uma caneca de cerveja”, 1921,