Feriado
Nos anos 60 a matéria gerada pelos novos artistas revela um caráter espacial, em plena era da viagem do Homem ao espaço, ao mesmo tempo em que abusa do vinil. Nos 70 a arte se diversifica, vários conceitos coexistem, entre eles a Op Art, que opta por uma arte geométrica; a Pop Art, inspirada nos ídolos desta época, na natureza celebrativa desta década – um de seus principais nomes é o do imortal Andy Warhol; o Expressionismo Abstrato; a Arte Conceitual; o Minimalismo; a Body Art; a Internet Street e a Art Street, a arte que se desenvolve nas ruas, influenciada pelo grafit e pelo movimento hip-hop. É na esteira das intensas transformações vigentes neste período que a arte contemporânea se consolida. Andy Warhol (1928-1987), por sua vez, revolucionou a relação entre arte e capitalismo: se a arte sempre foi também mercado, a partir dele passou a ser principalmente mercado: o êxito (não apenas comercial, mas também midiático, pois o artista deve ser uma estrela) se tornou o critério exclusivo da qualidade da obra, não sua conseqüência eventual. Isso explica, aliás, por que a crítica de arte perdeu importância: ela não tem nada a acrescentar a uma relação que já está dada, é tão inútil quanto buscar um sentido estético no sobe-e-desce das ações da Bolsade Valores. Mesmo nos trechos aparentemente mais tolos e superficiais é possível enxergar a coerência de uma visão estratégica: vida e arte foram para Andy Warhol uma fabricação, estudada em seus mínimos detalhes e inserida numa lógica de indústria e espetáculo. Ele inventou um personagem para si próprio – e desapareceu dentro dele.
Formado no mundo da propaganda, Andy Warhol se transformou numa marca, numa