Fenomenologia

Fenomenologia
Ref. Bibl. AUGRAS, Monique. A Fala. In: O ser da compreensão. Petrópolis - RJ. Vozes, 1996, p. 75-86. Cap. 6.

Principais ideias:
"Compreender o mundo é interpretá-lo. Entendê-lo é elaborar um conjunto de signos, de símbolos, que lhe deem significação humana, poder-se-ia dizer até a vocação humana, dimensão humana." p. 75
"Como expressão da situação, a linguagem é criação e organização do mundo. Poder-se-ia falar, nesse sentido, de função demiúrgica da palavra. Os mitos de criação do mundo, seja qual for a sua origem, deixam claro este aspecto." p. 76
"Dentro do pensamento mítico, a palavra do homem é um aspecto da fala divina" p. 77
"Para cada cultura, a língua exprime o mundo próprio, nos seus conteúdos, nos seus significados e na sua estrutura." p. 77-78
"No desejo de encontrar meios de acesso ao mundo próprio do indivíduo, a investigação da fala pode ser uma chave para a compreensão de determinadas estruturas e a eventual identificação de certos quadros de diagnóstico." p. 78
"[...] o estudo da linguagem afigura-se como fonte de parâmetros para uma avaliação fidedigna da situação do indivíduo dentro do seu mundo, ou seja, o estabelecimento de um diagnóstico." p. 79
"Tentando assumir o manifestado conjuntamente com o dissimulado, a realidade interna com a realidade circundante, a linguagem revela-se em sua função mediadora." p. 79
"Mediação no sentindo hegeliano, como no meio de revelar as tensões e integrá-las, mas também, no plano psicológico, o discurso como elemento de comunicação, como fonte de encontro do outro e, através deste processo, de si próprio." p. 79
"O conceito precede o objeto. A fala torna possível o mundo." p. 80
"O conceito, porém, não deve ser considerado como pura abstração. Para existir, necessita de suporte físico. A mediação entre o mundo interno e o mundo externo é igualmente operada pelo elemento fonético." p. 80
"O mundo humano, o mundo de objetos e conceitos, é simbólico por essência." p. 81
"A fala