Fenomenologia e espiritualidade
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Autorizada e Credenciada Portaria MEC Nº 2569 - DOU nº 165 – 26/08/2004 RESUMO
Psicologia e Religião Professor: “Beto”
Nome: Daniele Pereira Linhares Data: 21/03/2012 Fenomenologia e Espiritualidade ou: O Pensador e o Pensado, Sujeito e Objeto - Meditação Não há separação entre observador e fenômeno interno observado. De acordo com Dilthey (apud Forghieri, 2002), a natureza só é acessível a partir de explicações sobre fatos e elementos, mas a vida psíquica é uma totalidade da qual temos compreensão intuitiva e imediata. A consciência é sempre consciência de. Existe apenas a consciência de, existe apenas o estar atento a ou o estar em contato com. Não existe o eu e o algo que um eu observe, os dois são o mesmo, os dois são um, o pensador e a coisa pensada são um, não são dois. Eu estou sempre consciente de algo, seja de algo “externo”, como de algo “interno” (sentimento, sensação física, dor, desejo, pensamento...). Eu sou aquilo que estou consciente no momento, eu sou onde a minha consciência está, eu sou onde sou consciente. A consciência é pura liberdade, o ser, consciência, movimenta-se e pousa onde quiser. Refletir sobre a experiência vivida é “ir às próprias coisas” (Husserl apud Forghieri, 2002). Mesmo que a consciência seja “apagada” o ser ainda é. Um exemplo de possibilidade disto é a meditação, onde a palavra se ausenta... e o silêncio verdadeiro se faz. Ao esvaziar-se do atentar ocorre um descanso da consciência. O ser torna-se silêncio, sem dar-se conta de que é silêncio. Sair da consciência só é possível porque a consciência é sempre consciência de. Meditar é o estar atento a ou estar em contato com, o que remete ao reino da Espiritualidade. Não há consciência, como algo, como objetivado – consciência é puro fluir, é o rio de água viva em nós, é a cachoeira abundante que jorra incessante em nós. Assim, ao meditar o indivíduo supera a dualidade e vive a experiência de