Fenomelogia, Teoria Crítica e Estruturalismo
Segundo Bello (2006), fenomenologia é uma palavra constituída por duas outras, ambas de origem grega. “Fenômeno” significa aquilo que se mostra; não somente aquilo que se aparece ou parece. “Logia” deriva da palavra logos, que para os gregos tinha muitos significados: palavra, pensamento. (BELLO, 2006: 17-18).
Assim, a partir do significado das palavras de origem grega, “fenômeno” e “logia”, Bello (2006) define, então, fenomenologia como uma reflexão sobre um fenômeno ou sobre aquilo que se mostra. (BELLO, 2006: 18)
O termo fenomenologia foi usado pela primeira vez, de acordo com Dartigues (1992), na obra Novo órganon (1764), de autoria de Johann Heinrich Lambert (1728-1777), com o sentido de teoria da ilusão sob suas diferentes formas. Em 1770, Emanuel Kant (1724-1804), retoma o vocábulo fenomenologia, falando de phaenomenologia generalis, para indicar a disciplina propedêutica que deveria preceder à metafísica. A palavra fenomenologia volta a ser utilizada por Kant em 1772, na denominada Carta a Marcos, esboço da obra intitulada de Critica da Razão Pura (1781).
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), em 1807, chama fenomenologia do espírito, a ciência que considera a sucessão de diferentes formas ou fenômenos da consciência até chegar ao saber absoluto. Com Hegel, a partir do estudo do movimento do espírito, a fenomenologia define-se enquanto método e filosofia. Para Wilhelm Friedrich Hegel, a fenomenologia do espírito representa a introdução ao sistema total da ciência: apresenta o devir do saber ou da ciência em geral. Merleau-Ponty (1973) afirma que: no sentido hegeliano, a fenomenologia consiste, em suma, numa lógica do conteúdo: a organização lógica dos fatos não provém de uma forma que lhes seria superposta, mas é o conteúdo mesmo desses fatos que é suposto ordenar-se espontaneamente de maneira a tornar-se pensável. Uma fenomenologia é a vontade dupla de coligir todas as experiências concretas do homem e não somente suas