Feminismo
Feminismo é um movimento político que tem como objetivo fundamental a instituição da igualdade de direitos entre homens e mulheres.
No livro “International Relations Theory for the 21st Century – An introduction” cap. 9, Cynthia Enloe o coloca como uma abordagem à investigação do mundo, destinado a gerar prescrições para melhorias sociais, derivadas de um maior protagonismo da mulher no mundo. Segundo essa autora o Feminismo fomenta a compreensão crítica de como funciona o poder e como é legitimado e perpetuado, tanto nos espaços públicos quanto privados. A dinâmica de poder entre estes dois espaços, se influenciando mutuamente, é alvo da curiosidade feminista investigativa.
Na introdução ao cap. 9 a autora aponta o caráter interdisciplinar da pesquisa feminista, com metodologias emprestadas do amplo leque das ciências sociais e políticas.
Feminismo, gênero e poder
Feminismo analisa o poder em todas as suas formas. Gênero é um dos temas dessa análise, entendido com significado social e não biológico. Aqui se observam e se discutem os arquétipos de masculinidade e feminilidade tal como têm sido construídos ao longo dos séculos. O que caracteriza a análise feminista é a colocação do poder, sua distribuição e uso, no centro da análise. Nas relações internacionais, uma análise feminista requer uma investigação de gênero nos mecanismos de poder nas áreas públicas e privadas.
Quando é uma revolução não tão revolucionária?
A autora foca na falta de atenção das revoluções ao papel secundário e doméstico das mulheres. Em 1792 Mary Wollstonecraft é a primeira a chamar a atenção para esse fato. Este sistema, pós-revolucionário que mantém os privilégios masculinos no poder é ainda um patriarcado.
O que falta quando as mulheres são ignoradas?
A autora menciona a trivialização do papel da mulher, relegada à cena doméstica sem influência no poder, e que por um lado colabora com o papel atribuído aos gêneros, mas por outro lado vem questionando