Felicidade no trabalho: contemplação de um ideal
Meu pai sempre me disse:
“Encontre um emprego que você ame e você nunca terá de trabalhar um dia em sua vida " Jin Fox
Historicamente a concepção de trabalho sempre teve uma conotação negativa. A etimologia da palavra trabalho vem do latino tripoliare, do substantivo tripalium, aparelho de tortura formado por três paus, ao qual eram atados os condenados, ou serviam para manter presos animais difíceis de ferrar. Decorre daí sua associação com tortura, sofrimento, labuta.
Na Grécia antiga e no período a Idade Média, o trabalho era desvalorizado; tarefa reservada aos escravos e/ou aos servos. A atividade teórica é considerada a mais digna do ser humano.
Na Idade Moderna, o trabalho passa a ser muito mais uma condição de alienação do que qualquer outra coisa, na medida em que o objeto produzido surge como algo estranho ao produtor, não mais lhe pertencendo o produto trabalhado.
Dentre as várias definições para a palavra trabalho que podemos encontrar no dicionário, destacam-se: fadiga, esforço, serviço. Como adjetivo encontra-se: Trabalhoso. Que dá trabalho ou fadiga, custoso, difícil, laborioso.
Diante do exposto podemos nos perguntar: como poderemos ser felizes trabalhando ou no trabalho?
A resposta depende de nossa visão da realidade que nos cerca, ou seja, com que valores e crenças a enxergamos.
Na sociedade atual, dita globalizada, onde alguns até mesmo diagnosticaram o fim do trabalho, ele é compreendido como a relação dialética entre a teoria e a prática; entre o esforço intelectual, mental, emocional e esforço físico relacionado à prática ou execução de determinadas atividades. Esse esforço é intencional e deliberado para a construção de um ideal planejado/projetado. O grau de realização desse ideal é a medida do sucesso.
O trabalho, então, é a condição inequívoca para alcançar o sucesso. Ai reside a grande insatisfação/infelicidade da maioria das pessoas, porque o sucesso é