FELICIDADE NO ANTIGO REGIME

1360 palavras 6 páginas
O texto “Discurso sobre a felicidade”, escrito entre os anos de 1746 e 1747 busca encontrar uma felicidade feminina, com a qual esse grupo – do qual ela se vê parte – deveria se “contentar”. Ainda que buscasse romper com algumas limitações de gênero, no que diz respeito ao espaço da mulher na produção do conhecimento, Chatelet acreditava que os “bons modos” fariam da mulher, uma mulher. Apesar de as questões de gênero embutidas em seus discursos, acredito que esse “contentamento” e a ideia de “bons modos” podem ser compreendido através da relação entre ideia de civilização e cultura no texto de Norbert Elias e a literatura de Robert Darnton.
“As convenções de estilo, as formas de intercambio social, o controle das emoções, a estima pela cortesia, a importância da boa fala e da conversa, a eloquência da linguagem e muito mais – tudo isso é inicialmente formado na França dentro da sociedade de corte, e depois, gradualmente, passa de caráter social para nacional.” (ELIAS, 1993, p. 54)
Rousseau em “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” dizia: “Poderia esquecer essa preciosa metade da república que faz a felicidade da outra, e cuja doçura e sabedoria mantém nesta paz e as boas maneiras?
Depois, continua, “Amáveis e virtuosas cidadãs, o destino de vosso sexo será sempre o de governar o nosso. Sede sempre, pois, o que sois: as castas guardiãs dos costumes e os doces liames da paz, e continuem a fazer valer, em todas as ocasiões, os direitos do coração e da natureza em proveito do dever e da virtude.”
Assim versa o texto a partir do qual temos uma clara visão da concepção que se tinha do feminino entre os iluministas. Ainda enquanto representantes ideológicos do progresso. O mesmo se repete nas palavras de Diderot1, que em tom de subestimação vê as mulheres como “crianças bem extraordinárias”.
A principal tese do filósofo é a de que a natureza não lhes foi tão generosa, de modo que as fez frágeis – do ponto de vista físico,

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