Febvrer - combates pela história

1560 palavras 7 páginas
(FEBVRE, Lucien. Combates pela História. 3.ª edição, Lisboa: Editorial Presença, 1989 )

De 1892 a 1933

I

Lucien Febvre se baseava nos seus mestres,valorizava a história dos pormenores, dos fatos periféricos comparados às grandes realizações tratadas nos arquivos oficiais, algo característico da primeira geração dos Analles, na qual fazia parte;evidenciando, assim, que a História era completamente social, tendo em vista que é produzida pelas ações de cada sociedade ou tempo.Febvre ressalta como a história era vista cientificamente na época,que ela sentia-se a vontade em pensamentos fáceis,onde os próprios historiadores não tinham necessidade de pensamentos filosóficos;definiam a história apenas por uma parte do material estudado,por textos,documentos e datas,sem se preocupar com outros fatores da época,assim se tornando o que Febvre chamava de uma história “econômica”,era isso que basicamente formava o historiador da época na faculdade,um estudante sem a fome do saber;deixando é claro de fora os exploradores de escavações que trabalhavam com monumentos,achados e materiais palpáveis da própria antiguidade,que os vivificavam por isso.As escolhas;essa arma que o agente historiográfico possuía era sempre um alvo dos críticos da época,que alegavam que o próprio historiador não tinha o direito de sair recortando a linha do tempo a seu bel prazer,era como se fosse uma monopolização do passado e para todos isso era totalmente errado,indo diretamente contra a barreira dogmática da ciência daquele século;mas isso era o dever de quem estudava a história e o próprio Lucien dizia isso,ao falar que a história não se deve tratar-se apenas do fato histórico,mas tratar o contexto histórico da época como relevante nesse processo,agentes de fora,circunstâncias particulares de tempo e lugar,circunstâncias de cada individuo,mas que desempenham um papel fundamental no objeto de estudo,criando um

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