FAVRE, Henri. A Civilização Inca. 1987
Quando os espanhóis chegaram ao Peru, os Incas já se estabeleciam pó uma vasta região, saindo de Cuzco até a Colômbia ao norte; do Chile e a Argentina ao sul; Atingiam o Panamá, e as longínquas praias do atlântico no Brasil com seus utensílios e ornamentos de prata e ouro. Sua expansão começou em meados do séc. XV sob o reinado de Pachakuti, nono soberano de Cuzco. Há 14 mil anos, pequenos grupos nômades percorriam a costa do Peru, e com o descongelamento das geleiras andinas e com a desertificação os coletores começavam a se fixar nas embocaduras dos rios que desciam das cordilheiras, onde os recursos marinhos tornaram-se uma alternativa para a falta de animais e vegetais. Com a união causada por Tihuancan que começava a se expandir dominando outras cidades, assim como de Huari que com sua expansão militar, já havia sofrido influencia de duas outras culturas, onde esses seriam os precursores do vasto império Inca e Chimu. Com o declínio dessas cidades no séc. XII que causaria um fracionamento regional novamente. A capital do império Chanchan teria sido a maior aglomeração de pessoas da America pré-colombiana, onde os imperadores haviam religado os canais de irrigação destruídos em guerras anteriores. A expansão Chimu que havia começado no séc. XIV; no século seguinte o Estado Chimu ultrapassava os limites da área de influência da antiga cultura Mochica. O imperialismo Chimu se chocaria com o imperialismo Inca, um choque fatal, mas brilhante para ambas as partes. Enquanto os chimus chegavam à costa setentrional, uma pequena tribo chegava com dificuldade à bacia de Cuzco, nos fins do séc. XII, onde possuíam terras férteis para produção agrícola, no centro da cordilheira. Mas a data seria mais uma das várias hipóteses existentes para a chegada dos Incas. Os incas se consideravam paqarina, uma etnia matriz tribal dos fundadores ancestrais. De espanhóis relatavam que os incas dessa etnia eram originários de uma gruta,