AS FAVELAS E OS CORTIÇOS NO BRASIL: FORMAS DE EXCLUSAO SOCIAL E DE SOBREVIVÊNCIA * As favelas constituem a expressão viva da materialização no espaço das desigualdades sociais, da marginalização e exclusão social de grande parte da população das grandes e médias cidades do mundo subdesenvolvido. * O elevado crescimento vegetativo da população esta relacionado ao processo de favelamento que acentuou-se acompanhando as transformações econômicas do país a partir da década de 1950. * A explosão urbana teve contribução da crise no campo. * Onde morar e onde trabalhar tornaram-se dramas vividos por milhões de brasileiros e em consequência disso o número de favelados e de favelas, o subemprego, o desemprego e a economia informal aumentam cada vez mais. * Muitas favelas subiram as encostas dos morros no Rio de Janeiro e as áreas que antes não tinham valor para empresas, agora possuem interesse comercial para elas e se sujeitam à combater as famílias que lutam pela permanência nesses locais favelados. * No Rio de Janeiro, em Salvador e em Recife as favelas se desenvolveram junto aos mangues, terras de propriedade do poder público que foram ocupadas sem grande resistência; já em São Paulo, elas ocupam áreas ao longo de vias públicas ou de córregos, lotes urbanos em litígio, fundos de depósitos ou indústrias. * Viver em favelas é, para a maioria das pessoas de baixa renda, a solução para se ter menos despesas, pois a favela permite ao trabalhador chegar ao local de serviço em curto tempo e sem gastos com transporte. * A exploração do trabalho e manutenção de grandes estoques de mão-de-obra a preço baixo acarreta a espoliação e sua exclusão social ou marginalidade social do ser humano. * O estado com maior número de favelas no Brasil é São Paulo com cerca de 40% do total de favelas existentes. * Os cortiços sempre estiveram presentes na vida urbana brasileira se concentrando em áreas decadentes tanto dos centros velhos das cidades como