Fatores para o pioneirismo inglês
Para pôr em pauta os fatores relacionados ao pioneirismo inglês na Revolução Industrial, é necessário anteriormente abordarmos brevemente a crise do século XVII e a maneira como a Inglaterra foge à crise, para então adentrarmos a Revolução Industrial para prosseguirmos com o discurso no tocante aos fatores do pioneirismo inglês.
A crise do século XVII se caracterizou basicamente por problemas de cunho econômico que se influenciaram principalmente por problemas no clima devido ao enxofre proveniente de vulcões. Com isso, as plantações de trigo padecem, aumenta-se a fome, a perda da carga proteica do trigo contribui para uma carestia nutricional no organismo humano, que tornou-se vulnerável a doenças, o que com a ressurgência da crise, causou uma grande mortalidade, associada também a guerras neste cenário político instável. Com a mudança na mentalidade social, com a introdução do pensamento burguês (capitalista) como instrumento mental nessa equação, a terra que era objetivada para a produção de subsistência, passa a ser vista como algo em que se pode investir para a obtenção de lucro. Esse pensamento se traduziu principalmente com a ideia de se privatizar as terras, antes comunais, através de uma política de cercamentos. A burguesia ao alegar para o Parlamento o benefício que lhe caberia a ideia, terras sendo postas em uso também para uma produção para o Estado, conseguiu convencê-lo a aprovar os cercamentos. Com isso, os camponeses e pequenos proprietários marginais são expulsos das terras cercadas pela gentry e o yeomen, sendo reduzidos à condição de trabalhadores assalariados. O Estado receoso em relação à possíveis revoltas, na intenção de precaver-se cria leis assistencialistas, como a Lei do Trigo (estabelecia um preço mínimo e um máximo dos preços, visando beneficiar tanto produtor quanto consumidor) e a Lei dos Pobres (que reformada, consistia num auxílio econômico que