Fases do Rio de Janeiro
A Cidade
A área ocupada pela cidade era pequena, limitada por pântanos, pela mata fechada e, um pouco além, pelos morros. As ruas eram sujas, pois não havia limpeza pública. As casas eram pequenas, baixas, sem requintes de arquitetura, sem comodidades nem luxos e contavam com pouquíssimos móveis. Na maioria delas senta-se em esteiras e usavam-se rede para dormir; a iluminação era feita com lamparinas de óleo de baleia. As ruas eram ocupadas principalmente pelos escravos, constituíam um terço da população, que eram artesões (sapateiros, ferreiros, alfaiates etc), vendedores ambulantes, carregadores e aguadeiros (iam os chafarizes buscar a água que descia do aqueduto da Lapa, pois não havia água encanada nas casas). As lojas que vendiam a varejo tinham de tudo um pouco e não eram muitas. A maior parte do comércio era atacadista. Havia poucos estabelecimentos que serviam refeições e também eram poucos os bailes. Rio de Janeiro 1820
A Corte muda a rotina do Rio de Janeiro
Os transportes para pequenas distâncias aumentam: cadeirinhas, liteiras, serpentinas e palanquins são vistos com frequência no fim do século XVIII.
As festas populares se aprimoram com a vinda, em 1808, da Família Real Portuguesa para o Brasil, aparecendo o desfile de "carros de ideias", que seriam um prenúncio dos préstitos carnavalescos. O aspecto geral da cidade, também, melhorou com as primeiras medidas sanitárias, além de outras, visando à infraestrutura urbana: calçamento das Ruas da Vala e do Cano, aterro de lagoas da zona urbana, isolamento de leprosos num hospital, construção de um cais, abertura dos primeiros jardins e praças, iluminação com lampiões de azeite de peixe, construção de chafarizes, úteis e belos, graças a primeira adutora do Carioca. O Ritual do “Beija-Mão”
Surgem, ainda, os primeiros prédios públicos dignos de uma capital, como o Palácio dos