Fases do desenvolvimento cognitivo

As quatro fases do desenvolvimento cognitivo
Fase 1 - Sensório Motor – De 0 a 2 anos Fernanda, 2 anos e 2 meses, fez o desenho proposto de maneira bem rápida e espontânea. Em 2 minutos ela havia “terminado” e pedido para brincar.
O desenho representa a fase Sensório Motor, descrita por Piaget como uma fase de grandes aquisições de conhecimentos e de desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo. É uma fase marca por características como a inteligência prática, esquemas de ação e é o inicio da interiorização desses esquemas e também de apresentação de solução para problemas. A princípio a criança desenha de forma “pura”, sem imitação e após, ao desenvolver a prática, o desenho passa a ser de “imitação e imagem”.
Percebemos no desenho da Fernanda o conceito de “Realismos Fortuito”, proposto por Luquet. Também podemos citar a teoria de Viktor Lowenfeld sobre as garatujas.
Garatujas são “rabiscos”, riscos e traços feitos por crianças desse estágio e que podem ser classificadas em: Garatujas Desordenadas (rabiscos que não respeitam o limite do papel); Garatujas Controladas (os rabiscos não saem mais da folha); Garatujas Nomeadas (a criança começa a tirar o lápis do papel e dar nome aos riscos que faz) e Garatujas Diagramadas (traços e linhas se interligam) Nesse desenho percebemos Garatujas Controladas, porque Fernanda respeitou os limites da folha e Garatujas Nomeadas, ao trocar a cor do giz e identificar diferentes traços. Ao ser questionada sobre o que era o desenho, Fernanda prontamente respondeu ser uma “menina que brincava”.

Fase 2 - pré operatório – De 3 a 6 anos
Este é o desenho de um menino de 5 anos que está no estágio pré-operatório de desenvolvimento, proposto por Piaget. Já em relação ao grafismo, está na fase do realismo intelectual segundo Luquet, e na esquemática segundo Lowenfeld.
Segundo Luquet, no realismo intelectual, o desenho para ser parecido com o que a criança pretende desenhar deve conter os elementos reais do objeto