Fases da violência - resumo
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia. 13. ed. São PAulo: Saraiva, 1999.
As fases da violência - Resumo
Agressividade e Violência: O enfoque psicológico.
A agressividade é o impulso que pode voltar-se para fora (heteroagressão) ou para dentro do próprio indivíduo (autoagressão). Mas ela sempre constitui a vida psíquica, enquanto fazendo parte do binômio amor/ódio, vida/pulsão de morte.
A agressividade sempre está relacionada com as atividades de pensamento, imaginação ou ação verbal e não-verbal. A educação e os mecanismos sociais da lei e da tradição buscam a subordinação e o controle dessa agressividade.
Nesse enfoque, cuja referência é a Psicanálise, afirma-se que a agressividade é constitutiva do ser humano e, ao mesmo tempo, afirma-se a importância da cultura, da vida social, como reguladoras dos impulsos destrutivos. Essa função controladora ocorre no processo de socialização, no qual, espera-se que, a partir de vínculos significativos que o indivíduo estabelece com os outros, ele passe a internalizar os controles. Então, deixa de ser necessário o controle externo, pois os controles já estão dentro do indivíduo. Mas, mesmo assim, em todos os grupos sociais existem mecanismos de controle e/ou punição dos comportamentos agressivos não valorizados pelo grupo. A sociedade também tem seus mecanismos, que concretizam na ordem jurídica: as leis.
Esse modo de compreender a agressividade humana coloca em questão se a sociedade está conseguindo ou não criar condições adequadas para a canalização desses impulsos destrutivos e para a não-manifestação da violência.
A violência é o uso desejado da agressividade, com fins destrutivos. Esse desejo pode ser: voluntário, racional e consciente, ou involuntário, irracional e inconsciente. A agressividade está na constituição da violência, mas não