Fascismo Italiano
A crise das democracias liberais, a implantação do socialismo após a revolução russa e os ressentimentos nacionalistas diante dos países que levaram a melhor na divisão do mundo após a primeira guerra mundial provocaram, nas décadas de 1920 e 1930, o aparecimento de movimentos e regimes fascistas na Itália, Alemanha, Espanha, Portugal e outros países.
Em sentido amplo, o termo fascismo aplica-se aos regimes políticos de caráter autoritário e corporativista, contrários tanto aos regimes de democracia liberal quanto aos de inspiração socialista. Nesse sentido o termo fascismo abrange também o nacional-socialismo (nazismo) alemão, o nacional-sindicalismo espanhol e outros movimentos, com peculiaridades próprias. Em acepção mais estrita, o fascismo foi o sistema político-social implantado em 1922 na Itália por Benito Mussolini e derrubado em 1943, com a derrota do país pelos exércitos aliados, no final da segunda guerra mundial.
A palavra fascio, "feixe" em italiano, alude ao emblema do Partido Fascista, tomado de empréstimo ao símbolo do poder dos antigos litores romanos, insígnia que representa um feixe de varas em torno de um machado. Com o feixe, que representava a força, os culpados eram açoitados; com o machado, símbolo da justiça, eram decapitados.
Fascismo italiano. O fundador do fascismo, Benito Mussolini, iniciou sua atividade política na ala mais radical do Partido Socialista Italiano. Suas opiniões belicistas em relação à primeira guerra mundial valeram-lhe a expulsão do partido. Nos anos seguintes, suas posições se opuseram cada vez mais às do socialismo. Em 1919 Mussolini criou o grupo chamado i fasci di combattimento (grupos de combate) e os esquadrões de ação, com um contingente de filiados que não passava de quarenta pessoas.
De início, o conteúdo ideológico do movimento fascista não era bem definido: combinavam-se nele componentes pragmáticos, sindicais, nacionalistas e imperialistas, mas sobressaía uma clara oposição ao socialismo e