Farmacéutico

1. INTRODUÇÃO

Theobroma cacao, do grego Theo (Deus) e broma (alimento), assim foi denominada a árvore de cacau por Linneu graças a uma lenda asteca que conta que o Deus da lua roubou uma árvore de cacau da terra dos filhos do sol para presentear seus amigos humanos com a “delícia dos deuses”. (OETTERER, et al., 2006 ).
A utilização das árvores de cacau foi iniciada no México entre os astecas como oferecimento aos deuses. Em 1519 quando os Espanhóis chegaram ao México, provaram a bebida preparada com os frutos do cacahualth, cujo nome era tchocdolat. O uso dessa bebida foi sugerido por Hernando Cortez, que escreveu ao imperador Carlos V dizendo que uma taça dessa bebida permitia aos nativos caminhar um dia inteiro sem necessidade de outros alimentos. (OETTERER, et al., 2006 ).
Com o tempo a valorização do cacau como alimento fez com ele se transformassem em moeda utilizada para pagamento de impostos e compra de escravos. Do México o cacau se expandiu para outros países da América sob o domínio espanhol e, a partir de 1520, a Espanha passou a receber o cacau para atender as primeiras fábricas chocolateiras. (FUNKE, 2012).
Nasceu a primeira fábrica francesa de chocolates em 1659, durante o reinado de Luiz XV, os franceses desenvolveram máquinas e processos. Em 1819 foi fundada a primeira fábrica de chocolate e em 1831 o processo artesanal passou a industrial com a instalação de uma grande fábrica. (FUNKE, 2012 ).
A Nestlé em 1870 iniciava a fabricação do leite condensado, que junto ao chocolate firmou a indústria suíça chocolateira. O cacau tornou-se um produto muito cultivado no Brasil, na América central, na Venezuela, no Equador, na África, no Ceilão e em Java e também comprado por muitos países como os Estados Unidos e os países integrantes da Comunidade Econômica Européia. (OETTERER, et al., 2006 ).
Em 1995 o Brasil produzia em média 350 mil t de cacau, a indústria de chocolate consumia na época 35 mil t de cacau e produzia 11 mil t de chocolate. Hoje em