Farmacologia

INTRODUÇÃO
As tetraciclinas, conhecidas assim por causa de sua estrutura química formada por quatro anéis, são de origem natural, produzidas por bactérias da espécie Streptomyces (clortetraciclina, tetraciclina) ou semi-sintéticas ( doxiciclina, minociclina). São classificadas como antibióticos de largo espectro de ação microbiana, que atuam sobre bactérias gram-positivas e gram-negativas, clamídias, riquétsias e até sobre alguns protozoários. Sua distribuição no organismo animal pode variar de acordo com a sua lipossolubilidade, por exemplo, a doxiciclina e a minociclina são mais lipossolúveis que a tetraciclina e a oxitetraciclina, por isso, penetram nos tecidos mais facilmente. Elas se ligam a subunidade 30S dos ribossomos nos microorganismos susceptíveis, impedindo que o RNAt se fixe ao ribossomo, inibindo assim a síntese proteica, portanto são bacteriostáticas.(SPINOSA et al, 2002; H. RICHARD, 2003)
A primeira tetraciclina descoberta recebeu o nome de aureomicina, devido à coloração dourada do microrganismo produtor; mais tarde foi denominada clortetraciclina. Posteriormente foi descoberta a terramicina (por causa dos microrganismos produtores de antibióticos em amostras de solos provenientes de varias partes do mundo) após foi denominada oxitetraciclina. A demonstração da estrutura química básica destes antibióticos permitiu confirmar a semelhança entre eles e como obter tetraciclinas. A partir daí iniciou-se a procura por derivados semissintéticos, com melhor característica farmodinâmica e menor toxicidade, porém não apresentam diferenças significativas no espectro de ação. Surgiram os seguintes semissintéticos: Ametaciclina (1961), a doxiciclina (1962) minociclina (1966) (SPINOSA et al, 2002).
O metabolismo dessa família de antibióticos não tem significância em termos de extensão do organismo com exceção da minociclina e da doxiciclina. Pela via urinária é eliminado cerca de 60% da dose administrada sendo os outros 40% eliminados pelo trato