Farmacocinética não-compartimental
1. Qual a diferença entre a avaliação compartimental de um perfil plasmático de concentração por tempo após a administração de um fármaco e a avaliação usando a abordagem não-compartimental? Na abordagem compartimental, se supõe um modelo compartimental e se utiliza uma série de equações para aquele modelo específico, admitindo que o fármaco se comporta daquela maneira. Já na abordagem não-compartimental, assume-se que o movimento individual das moléculas de fármaco no organismo é aleatório, de modo que, após a administração de uma determinada dose de fármaco, parte das moléculas são eliminadas de imediato enquanto outras permanecem no sistema biológico durante um certo período de tempo. Faz-se uso do método trapezoidal para o cálculo dos parâmetros, utilizando equações puramente estatísticas e gerais, supondo apenas um comportamento de primeira ordem do fármaco em questão.
2. A abordagem não-compartimental pode ser utilizada para avaliar quais perfis de concentração por tempo após a administração de um fármaco? Pode ser utilizada para qualquer perfil que siga a farmacocinética de primeira ordem.
3. Qual o objetivo da avaliação de perfis de concentração plasmática de fármaco por tempo pela abordagem não-compartimental? Qual a utilidade dessa abordagem? O objetivo desta abordagem é definir, na prática, a qual modelo compartimental o fármaco se adapta melhor. Por ser um cálculo estatístico (sem assumir qualquer hipótese sobre o número de compartimentos, apenas cinética de primeira ordem), ele servirá como parâmetro de comparação com os resultados calculados pelos outros modelos, assim escolhendo qual é o que melhor descreve o fármaco em questão.
4. Como se calcula ASC0-∞ (área sob a curva no momento zero) e ASMC0-∞ (área sob a curva de primeiro momento)? ASC0-∞ é calculada pelo método trapezoidal, utilizando a fórmula (C2+C1).(t2-t1) + ... para ASC0-t e extrapolando com Cpu 2 λ Onde Cpu = última concentração