Farmaco
INTRODUÇÃO
A sociedade tem um tradicionalmente classificado como “idoso” qualquer individuo com mais de 65 anos; entretanto, a maioria das autoridades considera que o campo da geriatria aplica-se a indivíduos com mais de 75 anos, embora está também seja uma definição arbitrária. Além disso, a idade cronológica constitui apenas um determinante das alterações relacionadas com a terapia farmacológica e observadas em indivíduos de idade mais avançada. Além das doenças crônicas do adulto, o idoso apresenta uma incidência aumentada de muitas condições, como doença de Alzheimer, doença de Parkinson e demência vascular; acidente vascular encefálico; comprometimento visual, particularmente cataratas e degeneração macular; aterosclerose, coronariopatia e insuficiência cardíaca; diabetes; artrite; osteoporose e fraturas; câncer; incontinência. Em consequência, existe uma grande necessidade de tratamento farmacológico nesse grupo etário.
ALTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS ASSOCIADAS AO ENVELHECIMENTO
Na população geral, as determinações da capacidade funcional da maioria dos principais sistemas orgânicos exibem um declínio, que começa no adulto jovem e que presegue durante toda a vida do individuo. Não existe um “platô de meia-idade”, porém um declínio linear que começa a partir dos 45 anos de idade.
Os indivíduos idosos não perdem funções especificas em uma taxa acelerada, em comparação com adultos jovens e de meia-idade, porém acumulam mais deficiência com o passar do tempo. Algumas dessas mudanças resultam em alterações farmacocinéticas. Para o farmacologista e o médico, a mais importante dessas alterações consiste na redução da função renal, porém outras alterações concomitantes podem alterar as características farmacodinâmicas de determinados fármacos em certos pacientes.
ALTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS
A) Absorção
Existem poucas provas de qualquer alteração significativa na absorção de fármacos com o envelhecimento¹.