farmacia e daude
2010-03-03
Por Carla Sofia Flores
A vinca é comummente encontrada nos jardins
A vinca é comummente encontrada nos jardins
As plantas que se encontram frequentemente nos jardins podem conter potencialidades terapêuticas que são muitas vezes desconhecidas. É o caso da vinca, vulgarmente conhecida por “alegria” e que pode ser facilmente encontrada em qualquer casa portuguesa.
Investigadores da Universidade do Porto (UP) descobriram que esta planta contém uma substância denominada por serpentina, que poderá revelar-se como um agente importante no tratamento da doença de Alzheimer.
O estudo que apresenta estas conclusões foi publicado na revista científica Phytomedicine. “Isto é o reconhecimento do nosso trabalho” e um “ponto de partida” para o desenvolvimento de novos estudos sobre as potencialidades desta planta, revelou ao "Ciência Hoje" Patrícia Valentão, uma das investigadoras envolvidas neste projecto.
A vinca, originária do Madagáscar, era já “conhecida pelos seus compostos anti-carcinogénicos”, explicou a investigadora, admitindo que, para se obterem essas substâncias, geram-se “muitos desperdícios”. Isto porque são necessárias toneladas de partes aéreas da planta (flores, folhas e caule) para se extraírem alguns miligramas de substâncias úteis, o que acarreta elevados custos e complexidade ao processo de cultivo e extracção das substâncias medicinais da vinca.
O Alzheimer afecta 27 milhões de pessoas em todo o mundo
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Neste projecto liderado por Paula Andrade (do laboratório associado REQUIMTE) e por Mariana Sottomayor (do Instituto de Biologia e Medicina Celular / Instituto de Engenharia Biomédica), os investigadores deram especial relevo às raízes da vinca. “Esta planta é conhecida pelos compostos que tem nas folhas, pelo que temos vindo a segui-la, mas decidimos experimentar as potencialidades das