Farinha, madeira e cabotagem na capitania de ilhéus
Farinha, madeira e cabotagem na capitania de Ilhéus
Marcelo Henrique foca o estudo de sua tese e tem como objetos centrais o modo como a capitania Ilhéus se inseriu no sistema socioeconômico colonial e os perfis sociais que assumiram a população daquela capitania.
Escolhidas sob uma perspectiva crítica, as bibliografias utilizadas pelo autor abrangem tanto bibliografias de caráter historiográfico pertinente ao tema, como Varnhagen, João Silva Campos etc., mas também muitos outros instrumentos de pesquisa, como documentos históricos da biblioteca nacional, atlas do Senado da Câmara da Bahia. Além disso, tratados e discrições da época, a exemplo de obras de Cardim, Aires de Cazal, Soares de Souza, etc.
A biografia de Silva Campos, por exemplo, que foi uma das primeiras obras que tinha como tema principal a Capitania de ilhéus, identificou como a estrutura daquela sociedade se comportava, focando para a geração de renda, forma de uso e apropriação das terras e dos recursos naturais, relações de produção e os circuitos comerciais.
Além disso, utilizou os estudos de autores como Maria Hilda Paraíso e Freitas para desmistificar a visão tradicional e pouco esclarecedora da qual exclui a capitania de Ilhéus dos circuitos comerciais e que a razão disso seria um conjunto de fatores de ordem natural, como por exemplo, as densas matas da floresta.
Foi o acordo que regulamentava a quantidade e os preços que deveriam ser aplicados no comércio da farinha. Estavam envolvidos na articulação e execução do conchavo da farinha, o Governo Geral e a Câmara de Salvador de um lado e do outro as Câmaras das vilas de baixo.
Marcelo Henrique deixa bem “claro” que esse acordo acabava não beneficiando nenhum dos lados, mas sim era uma forma de fazer cumprir ordens superiores.
Discordando de alguns autores como Antônio Guerreiro e Maria Hilda Paraíso, os quais dissertaram sobre o quanto as densas matas atrapalhavam o desenvolvimento econômico da capitania de Ilhéus,