Família Cunha Lima: Sua representatividade na vida política do Estado da Paraíba
A EMERGÊNCIA E A SINGULARIDADE DOS CUNHA LIMA
Autor: Gerson Paulino de Lima Júnior UEPB gersonpaulino2010@hotmail.com Para produzir este artigo partir primeiramente da minha inquietação a cerca do tema e também de analisar como um todo a vida e o legado do cidadão Ronaldo José da Cunha Lima. Partindo primeiramente para esclarecer o advento do tronco familiar, a tradição política da família, o que a prole representou e representa para os seus correligionários no estado da Paraíba, e como se construiu e se consolidou a figura de Ronaldo Cunha Lima enquanto homem público, político, e, sobretudo o poeta.
Metodologicamente meu artigo está ligado a uma abordagem qualitativa, o que significa dizer que estou preocupado em valorizar, sobretudo, os aspectos não mensuráveis relativos a subjetividades dos indivíduos, tais como os discursos, as representações, os sentimentos, e as memórias. Ou seja, a minha inquietação está em aprender os sentidos e significados impressos pelas figuras políticas e ao processo de construção do mito.
A construção do mito como um agente de representação de uma figura pública está em evidencia desde os primórdios, é um conceito historiográfico muito utilizado que teve na publicação A Fabricação do Rei: A construção da imagem pública de Luís XIV organizado por Peter Burke (1992). Referente ao que seria a construção do mito Burke trás o seguinte:
Poderíamos definir mito como uma história como significado simbólico (como o triunfo do bem sobre o mal), em que os personagens, quer sejam heróis ou vilãos, ganham dimensões maiores que na vida. Cada história se situa no ponto de interseção entre o arquétipo e uma conjuntura, em outras palavras, entre imagens herdadas e acontecimentos específicos e individuais. (BURKE, 1992, p. 18).
O autor analisa a questão do mito com vários significados e representações, é neste sentido que o personagem enquanto representado está vinculado á sua imagem