FAMILIA; CONFIGURAÇÃO E REALIDADE FAMILIAR ATUAL
Observa-se que a família brasileira tem passado por diversas mudanças, diante do atual senário. A estrutura familiar brasileira está intimamente ligada às mudanças que ocorrem no âmbito histórico, cultural e econômico como: aumento da expectativa de vida e o reconhecimento de igualdade de direitos entre homens e mulheres, fator fundamental que alterou a formatação da família em relação à do século XIX e XX. Desta forma, o texto presume que, hoje, não há como definir uma configuração de família específica, justamente pela constante mutação do aspecto sócio cultural.
A saída da mulher do lar e seu ingresso no mercado do trabalho ocasiona uma descentralização do poder patriarcal. No decorrer do tempo, ocorre uma divisão de responsabilidades entre os papéis masculino e feminino, no que diz respeito à manutenção do lar e nos cuidados com os filhos. O aumento da expectativa de vida cria representações familiares em que as gerações têm mais proximidade umas das outras. As necessidades e demandas sociais e econômicas aproximam avós e netos convivendo no mesmo lar. É muito comum, hoje, os avós participarem do orçamento familiar e até mesmo exercendo o papel de mantenedores, antes exclusivo ao pai.
Além destas mudanças, a contemporaneidade traz o crescimento dos divórcios, uma vez que o matrimônio já não é mais valorizado como status; com isso há um crescimento das chamadas famílias monoparentais em que apenas um genitor, na grande maioria mulheres, mantem sua família de forma solitária. Obviamente essas mudanças se dão principalmente no seio das famílias com menos recursos financeiros em que as rupturas entre os indivíduos ocorrem de forma mais corriqueira; e há, até mesmo, a formação de novas famílias e, em muitos casos, o abrigamento de crianças e adolescentes em instituições.
O texto também aponta que, embora tenha havido uma aproximação das gerações e que os papéis dos gêneros tenham caminhado para status igualitários