Faltam condições para inovação tecnológica nas empresas brasileiras
No fim do século passado, diversos fatores que se vinham a manifestar há algum tempo assumiram uma importância primordial no desenvolvimento das organizações. Entre eles destacam-se a globalização do mercado, a concorrência extremamente agressiva que se começou a registrar a todos os níveis e uma maior exigência por parte dos consumidores.
Como consequência, as organizações viram-se compelidas a adotar estratégias competitivas que lhes permitissem adquirir uma grande flexibilidade e rapidez de resposta às solicitações emergentes. Entre tais estratégias, realçam-se a Gestão pela Qualidade Total e a Inovação. O conceito de Inovação esteve, durante muito tempo, associado apenas ao desenvolvimento tecnológico. Contudo, e tal como aconteceu com a Qualidade, também esse conceito tem evoluído ao longo do tempo, falando-se atualmente da Inovação a nível da estratégia e de processos operacionais e de gestão. Apesar de se verificar que começa a haver uma convergência entre os dois conceitos, sendo cada vez mais difícil imaginar a Inovação sem Qualidade e a Qualidade sem Inovação, constata-se que tal ligação é ainda bastante incipiente.
Parece portanto pertinente procurar aprofundar os aspectos comuns e ultrapassar as limitações que algumas normas e procedimentos da Qualidade podem colocar à atividade criativa.
Segundo Tidd, Bessant, Pavitt, (1997), o processo de inovação é um processo chave do negócio da empresa, associado com a renovação e a evolução do negócio, renovando o que a empresa oferece e como ela cria e entrega àquela oferta. Inovação, portanto, é uma atividade essencial ligadas à sobrevivência e ao crescimento. O processo de inovação envolve as seguintes etapas (TIDD, BESSANT, PAVITT 1997):
Prospectar o ambiente (interno e externo) para identificar e processar sinais relevantes sobre ameaças é o oportunidades relacionadas à mudança;
Decidir (com base numa visão estratégica de como