Falta de água e poluição do ar
Por mais sérias que sejam as crises financeiras, de alimentos ou de energia, nenhuma é tão ameaçadora em relação ao futuro da humanidade e do planeta quanto a perspectiva de falta de água.
Não da para incentivar a fabricação de água por meio de pacotes econômicos e com ajustes em taxas de juro. Tampouco é possível substituir a água por uma substancia alternativa, como se faz com o petróleo, que pode ser trocado por outras fontes de energia. Não existe nenhuma “bioágua”. Para o fluxo de uma corrente, os limites de um país são inofensivos. Os mananciais não reconhecem fronteiras. A água é um direito humano, e todos devem ter acesso a ela em quantidade e qualidade suficientes para garantir a saúde, o desenvolvimento econômico e o bem estar social. Mas, diante da falta, a água cresce de valor econômico. É a oferta desse recurso natural – renovável, porém não inesgotável – que corre o risco de entrar numa crise profunda, pressionada cada vez mais pelo crescimento demográfico, pelas mudanças climáticas, pela contaminação das fontes e pelo desperdício.
Aproximadamente três quartos de água cobrem a superfície do nosso planeta. O volume de água existente na Terra é de quase um milhão e meio de Km³, dos quais 95,5% são de águas do mar (salgada) e 2,2% são das calotas polares e geleiras, restando apenas 2,3% de água potável para utilização, incluindo aquela dos lagos, cursos d'água e da atmosfera, mas principalmente a água do solo e subsolo. Esta é a água que sustenta a vida na Terra;
Pressões humanas
Ao contrário do volume de água do planeta, que jamais se altera – nem pra mais, nem pra menos -, a população mundial cresce aceleradamente. Assim, para uma mesma quantidade de água existem mais e mais bocas sedentas. Apenas entre 1950 e 2008, a população mundial subiu de 2,5 bilhões para 6,7 bilhões. Em 2050 poderemos ter ultrapassado os 9 bilhões. Os efeitos desse inchaço populacional já são sentidos em varias regiões. Nos últimos 60 anos, mas a população do