Falta de chuva
– Nesta época do ano, uma massa de ar seco, que atua no oceano, chamada de alta subtropical do Atlântico, avança para o continente, fazendo com que os sistemas frontais sejam deslocados para o mar – explica a meteorologista da Somar, Olívia Nunes.
De acordo com ela, essa área de alta pressão que empurra as instabilidades age principalmente entre o Sudeste e o Centro-Oeste. O Sul do país chega a receber chuva, mas as frentes frias não têm força para “furar” essa massa de ar mais seco, então chove na borda da massa, mas não chove no centro do Brasil.
– No Hemisfério Sul, os sistemas de alta pressão giram no sentido anti-horário, então as frentes que avançam pelo Sul são jogadas para o mar, em vez de subirem pelo caminho natural até outras regiões – completa Olívia.
Além disso, neste ano, as frentes frias do Sul estão sendo reforçadas pelas águas mais quentes dos dois oceanos, o Atlântico e o Pacífico. O aquecimento do segundo vai dar origem ao fenômeno El Niño.
– O oceano Pacífico mais quente faz com que a corrente de jato seja alterada, e isso leva mais chuva para o Sul. Já o Atlântico age de uma forma mais local, dando um suporte maior de umidade – finaliza a