Fallingwater - Frank Lloyd Wright
Arquitetura orgânica: A casa respeita muito a natureza. O exterior passa a fazer parte do interior da construção e vice e versa. Wright tem a habilidade de apresentar aos visitantes de sua arquitetura visões e perspectivas diferentes daquelas que estamos acostumados a ver. Não são vistas típicas. Ele é capaz de mostrar o que a natureza pode nos proporcionar e, ao mesmo tempo, criar um espaço muito humano. Enquanto geralmente se rearranja a natureza para que ela nos sirva, Wright permite que a natureza fale por si só e que nós a acessemos de um modo diferente. A respeito disso, existem as perspectivas que o terraço a Oeste proporciona - que é a visão de um pássaro que sobrevoa a área - e a que a ponte oferece - que coloca o homem na posição de um inseto. Diante da lareira é possível ver, aflorando do piso uma das pedras originais do terreno. Lloyd preferiu não remove-la e assim ela passou a ser um elemento da casa. A remoção de vegetação foi mínima e o curso da cascata não foi alterado. Foi a construção que se debruçou sobre a água corrente. A integração com o entorno é vista nos detalhes. Uma das vigas do projeto teve seu traçado mudado para contornar um pinheiro que cresce rente à parede da casa.
A Entrada
A porta principal trata-se de uma pequena fenestração que remete ao espaço escuro, pesado e seguro de uma caverna. Atravessando-a e subindo um degrau, chega-se à sala de estar e percebe-se, imediatamente, um clima dramático. O olhar do visitante é automaticamente direcionado através da sala em direção ao terraço. Esse espaço proporciona uma experiência diferente da que se tem ao entrar na casa; de liberdade, iluminação. A justaposição dessas sensações opostas cria uma rica textura de experiências. O contraste fortalece os pontos positivos dos espaços. O pé direito da casa inteira não é alto para criar uma sensação que contrasta com a sensação que se tem ao ver e estar próximo a cascata, fazendo com que as pessoas