Falando de fé
Apresentava a barriga enorme, denunciando que logo mais daria à luz. E, contudo, mostrava sinais de inquietação no rosto.
Terminada a aula breve e fraterna, a atendente, que descobrira os traços de angústia naquela companheira, se aproximou, buscando saber das razões.
Foi então que a gestante lhe falou que nos próximos dias deveria ter o seu bebê e que estava apavorada. Durante todo o período da gestação se preparara para ter um parto normal.
Entretanto, há quinze dias, o médico lhe informara, depois de uma ecografia, que seu bebê estava sentado e que somente poderia nascer através de uma cesariana, marcando até a data.
Ela estava com muito medo. Tinha um terrível medo de cirurgia e, depois, ela desejava o parto normal, para poder atender mais cedo e melhor seus outros filhos menores.
A atendente a abraçou e conversou com ela longamente. Recordou-lhe as lições que já haviam tido, ali mesmo, naquela instituição.
Lições que falavam da fé e do poder da oração. Que ela tentasse a oração, que falasse com seu bebezinho, pedindo que ele mudasse a posição.
Que falasse com Jesus, o Médico Divino, suplicando auxílio. A gestante olhou meio desconcertada e perguntou: Mas será mesmo que dará resultado?
Vamos orar juntas, desde agora? Convidou a assistente.
Naquele dia, quando se despediu para ir para casa, a gestante acariciou a barriga com carinho especial e sorriu, dizendo:
Eu vou tentar.
Uma semana depois, ela precisou ser levada às pressas para a maternidade. Na madrugada, a bolsa se rompeu e ela entrou em trabalho de parto, antes da hora assinalada pelo médico para a cesariana.
Ela teve medo. E agora? O que iria acontecer?
Chegando ao hospital, atendida de imediato, foi conduzida à sala de parto.
Para surpresa do médico e alívio da mãezinha, o bebê já mostrava a cabecinha despontando, prestes a nascer.
Entre risos e lágrimas de