Fal Cias Da Liquidez
AS FALÁCIAS DA LIQUIDEZ
MARIANA APARECIDA MOTTA RA 6514095
ATIBAIA / MARÇO, 2015
Falácias da liquidez
É muito comum ouvir falar entre exercícios financeiros que uma liquidez alta é tão indesejada como uma baixa, que é sinal de má administração financeira e que a empresa está perdendo dinheiro com a inflação.
Em primeiro lugar, uma liquidez alta (refere-se normalmente ao índice de Liquidez Corrente) pode decorrer tanto de excesso de Recursos Não Correntes no Ativo Circulante (e por excesso entendam-se recursos que estariam melhor aplicados no Ativo Permanente ou em outra empresa), quanto de pequeno Passivo Circulante.
É obvio que, se houver excesso de Recursos Não Concorrentes aplicados no Ativo Circulante, como excesso de Estoques e de Duplicatas a Receber decorrentes de uma administração má desses itens, estaremos diante de uma liquidez indesejável, que certamente contribui para a redução da rentabilidade da empresa.
Entretanto, se o índice da Liquidez Corrente decorre de baixo Passivo Circulante poderá ser indicio de sábia administração que evita despesas financeiras de empréstimos bancários – principalmente num país como o Brasil, onde historicamente tais empréstimos sempre tiveram custo elevado – ou que obtém significativos descontos aos fornecedores como o pagamento a vista.
Quanto à perda de dinheiro como a inflação, leve-se em conta que os estoques em geral não perderam com a inflação e que, se a empresa optasse por ter mais empréstimos bancários de curto prazo, por exemplo, em vez de capitas próprios, teria de ressarcir o banqueiro do custo da inflação além de pagar juros.
Por ultimo, lembre-se que a Liquidez Corrente pode ser alta em função de Empréstimos de Longo Prazo em vez créditos de curto prazo.
Em resumo, alta liquidez, além de indicar boa situação financeira, pode até ser do aumento da rentabilidade, embora não esteja afastada a hipótese de haver recursos ociosos.
Este ultimo, porém, seria um caso de má