Fahrenheit e a atualidade
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A história do filme Fahrenheit 451 nos faz refletir sobre a comunicação na atualidade. Vivemos em um mundo globalizado, onde a informação circula de forma muito rápida nos quatro cantos da terra. Estamos limitados e, muitas das vezes, não temos condições de averiguar se os fatos noticiados são verdadeiros. Acabamos aceitando o que nos é transmitido, por acomodação ou impossibilidade, e tomamos tudo como real. A mídia quer ser nossa provedora de referências, de acontecimentos e de notícias. Na verdade, parecemos seres não pensantes, que muitas das vezes nem questionam os maiores absurdos divulgados. Infelizmente, a grande maioria é assim. No filme citado, as pessoas estão sedentas por histórias, por casos, por enredos. Porém, há uma norma social que proíbe o acesso aos livros, denominando os leitores de pessoas infelizes e incapazes. Trazendo para nossa realidade, podemos fazer um paralelo com as pessoas que aceitam o que a sociedade impõe. No filme, grande parte da população atendeu à ordem do Estado. Assim também, concordamos com várias ideias que nos são propostas. Não somos privados de informação, mas muitas vezes somos “adestrados” para pensarmos e agirmos da mesma forma. A mídia tem esse poder de manipulação e controle. No filme, o regime totalitário fez uma determinação: conduzir toda a sociedade à um comportamento comum. E muitos assim o fizeram. Porém, um cidadão, antes guiado pelas autoridades, revela-se no filme como um curioso e amante da literatura. A acusação de infelicidade de quem praticava a leitura pregada à sociedade foi convertida em um desejo de ler cada vez mais. E, atualmente, assim são os “despertados” em meio a globalização: tem acesso a tudo, em qualquer momento, e não se cansa de pesquisar, certificar, avaliar e criar seus próprios valores. Deveríamos ser todos como esse cidadão, Montag, que em meio ao que lhe é imposto decidi infringir as regras, lutar ocultamente (enquanto não é descoberto) e não desistir quando é perseguido.