Faculdade
Este trabalho tem o objetivo de apontar e comentar algumas características que distinguem as abordagens psicoterápicas e chamar a atenção para a importância da explicitação dos pressupostos filosóficos que as fundamentam. Podemos reunir as abordagens em três grandes grupos, a partir das suas concepções de homem e de mundo, o que resultará em definições de objetos próprios de trabalho, de objetivos diferentes e técnicas específicas para cada grupo:
Grupo I: abordagens que centram seu enfoque sobre o comportamento. Situam-se aqui as abordagens de orientação Behaviorista, que têm como fundamento filosófico o neo-positivismo. A representante maior deste grupo é a Terapia Multimodal do Comportamento, desenvolvida por Arnold A. Lazarus e Joseph Wolpe, a partir dos trabalhos de J. Watson, B. F. Skinner, J. Holland e outros.
Grupo II: abordagens que centram seu enfoque sobre a experiência e sobre a existência, constituindo dois subgrupos: as abordagens Humanistas e as
Fenomenológico/Existenciais. No primeiro encontramos, entre outras, a Psicoterapia Centrada no Cliente, de Carl R. Rogers; a Gestalt-Terapia, de Fritz Perls; a Psicoterapia Experiencial; de Eugene Gendlin e a Psicologia Transpessoal, de Abraham Maslow. No segundo subgrupo temos a Análise Existencial, de Medard Boss e Ludwig Binswanger e a Psiquiatria Fenomenológica, de K. Jaspers, E. Minkowsky, J. H. Van den Berg e outros.
Grupo III: abordagens que centram seu enfoque sobre o inconsciente e sobre a linguagem – as Psicanalíticas: a Psicanálise freudiana e as resultantes de suas transformações
(*) Texto publicado na Revista Plural – Faculdade de Ciências Humanas da Fumec (Fundação Mineira de Educação e Cultura, Belo Horizonte, MG) – no. 1, abril 1990. (**) Psicoterapeuta e Professor de Teorias e Técnicas Psicoterápicas do curso de Psicologia da Faculdade de Ciências Humanas da FUMEC.