Faculdade FMU

Segundo Soraya Maria Ferreira Vieira (Jornalista, Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP), o Jornal Nacional é do gênero “genérico” (onde encontramos as editorias jornalísticas clássicas de economia, política, previsão do tempo, comentário, editorial e assuntos gerais).

O JN começa em geral como os outros telejornais (escalada, vinheta de abertura). A diferença está em como o apresentador faz sua entrada e emite a expressão de contato. Os dois apresentadores (Quase sempre um casal de homem X mulher) fazem a escalada das matérias e logo após acontece o vídeo da vinheta. Desta introdução, vem em seguida o locutor de cabine que anuncia os apresentadores, que respondem com um “Boa noite!”. Num primeiro olhar estas expressões parecem não ter grande valor. Entretanto, o modo como são feitas faz sentido no todo do telejornal. Sua forma primeira de aparecer se relaciona com a condução do programa e com seu acabamento estético. Definidor do seu padrão de trazer as notícias ao telespectador.

As notícias são apresentadas de modo estratificado, marcado. Os acontecimentos são dados de maneira breve onde cada inserção seja do apresentador, do repórter, das fontes, do comentarista, as condições do tempo é bem medida. Percebe-se que a formalidade com a qual a expressão de contato é realizada anuncia a aparência, conteúdo e tom das notícias. Nem sempre as mais importantes são dadas com destaque. O tempo dedicado ao noticiário em geral toma de 30 a 40 minutos e dependendo da audiência dos demais canais o espaço para as informações pode se alongar.

O objetivo é o de veicular o maior número de matérias no menor espaço de tempo. Por isso, a rapidez e descontinuidade na montagem dos quadros no telejornal têm prioridade. O repórter externo sempre aparece em plano americano (filmado da cintura para cima, uma das mãos segurando o microfone, que deve estar a mais ou menos 1 palmo de distância do queixo). A postura perante a câmera também tem seus significados: ombros caídos