facul
Contextualização Histórica, Processo de
Formação e Atuação do Engenheiro
Clidenor Ferreira de Araújo Filho
Introdução
O panorama da Engenharia no Brasil mostra que estudos recentes realizados pela
Confederação Nacional das Indústrias (CNI) relatam que, no atual ritmo de desenvolvimento econômico, o Brasil levará por volta de 100 anos para que sua renda per capita se aproxime do dobro do valor atual. Tal valor constitui hoje a renda per capita de países muito menores territorialmente, como Portugal.
Ainda segundo os estudos realizados pela CNI, ocorreu, nos últimos anos, um decréscimo dos investimentos em setores relacionados à tecnologia, os quais, notadamente, são as molas propulsoras da atual economia global.
É uma realidade que precisa ser revertida, que merece reflexão e medidas urgentes, porque tecnologia é, cada vez mais, o ingrediente determinante da competitividade internacional das empresas e da prosperidade das nações.
Inovar tornou-se questão de sobrevivência para as empresas e fator crucial para o desenvolvimento nacional. Para competir em mercados nos quais produtos e processos têm ciclos cada vez mais curtos, é imprescindível incrementar continuamente a própria capacidade de gerar, difundir e utilizar inovações tecnológicas (INOVA, 2006).
Fica claro, então, a urgência do país em desenvolver os setores ligados à inovação tecnológica, tipicamente ocupados por profissionais ligados à engenharia, uma vez que o crescimento econômico depende de tais setores, passando pela ampliação e modernização da infra-estrutura do parque industrial do país.
A reforma e a construção de novos portos, aeroportos, armazéns, ferrovias, rodovias, bem como a ampliação do parque energético instalado, composto basicamente por hidrelétricas e termelétricas, contando com a utilização de novas formas de geração de energia são fatores preponderantes da retomada do crescimento econômico. Inclui-se, ainda, o grande déficit nacional em habitação,