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REZENDE, Maiquel Gonçalves de¹.
1Licenciado em História – DHA - ICH/UFPel; maiquelrezende@yahoo.com.br[->0] 1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é discutir as variações da dimensão público/privado que permeiam a história de vida de Henrique Carlos de Morais. Para isso, este trabalho busca compreender uma de suas composições materiais: o Canhão da Cascata. Essa idéia nasceu a partir do trabalho de conclusão do curso de Licenciatura Plena em História da UFPel.
Esse trabalho permitiu perceber que o jogo de forças dissolvido na trajetória do Canhão, cuja história traz na sua origem, um ar de mistério e aventura, pode ser confundido com as atitudes individuais dessa personagem anônima que é Henrique Morais. São indícios de uma confusão público/privado o fato de Henrique juntar aos arquivos da Bibliotheca papéis que diziam respeito unicamente a sua vida pessoal. A Cascata, sua região de origem, foi o local escolhido para abarcar o Canhão.
Henrique Carlos de Morais nasceu na cidade de Pelotas em 20 de abril de 1898. A gênese de suas atividades junto à Bibliotheca Pública Pelotense nos remete ao ano de 1933, terminando somente com sua morte em 28 de agosto de 1986. Por ai se vão 53 anos dedicados à conservação da memória, a construção de identidade e a luta para se preservar o que havia de mais precioso e mais valioso. Um aspecto importante que precisa ser destacado é o fato de Henrique Morais ter sido nomeado pelo DPHAN( DPHAN – Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.), em 1940, para o cargo de Conservador do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do MEC.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado junto ao Arquivo Histórico da Bibliotheca Pública Pelotense. No fundo Henrique Carlos de Morais, local que comporta uma gama bastante variada de material arquivado pelo seu documentalista (Henriquinho)( Assim era como os amigos o