fachada verde
A incerteza de quando foram realizadas as primeiras coberturas verdes é elevada. Contudo, existe um facto consensual entre vários autores: a primeira construção com coberturas ajardinadas registada foram os jardins suspensos da Babilónia. De acordo com (Uffelen, 2011) os jardins da Babilónia foram construídos por volta de 600 A.C., o que é coerente com vários documentos relativos às sete maravilhas da antiguidade (Cleveleys, 1999); (The museum of unnatural mystery, 2003). Apesar do registo dos jardins da Babilónia serem referidos em alguns textos antigos como os primeiros, é possível que na península da Escandinávia existissem coberturas verdes anteriormente a estes terem sido construídos. Esta suposição vem de observações empíricas das tradicionais habitações rurais dos países do norte da Europa até ao século XIX. Os “sod roofs” (coberturas relvadas) eram caraterísticos das populações Vikings e a sua utilização estendeu-se até à atualidade. Consistiam em colocar cascas de bétula (tipo de árvore) sobre a cobertura dos edifícios e revestir diretamente com vegetação e substrato. As coberturas verdes como sistemas construtivos, que interagem diretamente com a resiliência dos meios urbanos, e não apenas como sistemas ornamentais, tiveram início em 1973. Nesse ano foi declarado um embargo do petróleo pelos países árabes a alguns países ocidentais, devido a estes estados apoiarem Israel na guerra contra a Palestina (Merrill, 2007). Esta crise alterou o rumo da produção de energia dado os preços do barril de petróleo terem subido instantaneamente e muitas zonas do mundo ocidental terem mesmo ficado privadas de combustíveis por não existirem reservas suficientes. Nesta conjuntura, foram tomadas medidas para incentivar a produção de energia eólica, hídrica, geotérmica e solar. Apesar do embargo ter sido levantado em 1974, a dependência dos países ocidentais pelo petróleo foi bem visível e a nível estratégico registou-se uma mudança de atitude. Veja-se então