Fabricacao de oculos
Os avanços nessa tecnologia estão fazendo muita gente ver o mundo com outros olhos... A resina, especialmente desenvolvida para a fabricação de óculos, passou a ser uma opção às tradicionais lentes de vidro, pesadas, com aquela aparência de fundo de garrafa. Por isso, as lentes hoje estão mais leves e finas, mesmo para quem usa graus altos. No início, a resina ainda está líquida. A matéria-prima para a fabricação das lentes se chama monômero, que é importado e tem que ser armazenado em câmaras frias onde as temperaturas variam entre dois e cinco graus abaixo de zero. Esse frio garante as características químicas do produto e não deixa que ele estrague. O líquido é misturado a outro produto químico, o catalisador, que lá na frente do processo vai acelerar a mudança do estado líquido para o sólido, na etapa chamada de polimerização. A mistura de resina e catalisador preenche os moldes. As formas são organizadas em bandejas e transportadas dentro de carrinhos até um forno gigante. Lá, o processo é parecido com o cozimento de um bolo. As lentes ficam 20h "assando" a uma temperatura de 80º. Nesse momento, elas passam do estado líquido para o sólido e saem do forno em forma de blocos. Os blocos são retirados cuidadosamente com uma espátula e levados para uma sala quase sem luz. Nas bancadas, uma lâmpada fluorescente realça qualquer imperfeição: riscos, manchas e bolhas. As lentes defeituosas são descartadas. O trabalho de controle de qualidade dura um minuto para cada lente. As lentes seguem, então, para uma sala especial onde é aplicada uma camada anti-reflexo. Não pode ficar uma só poeirinha sobre a lente. Por isso, os filtros funcionam 24 h para manter o ambiente livre de impurezas. A camada anti-reflexo tem a função de proteger os olhos da luminosidade e de radiações quando as pessoas ficam, por exemplo, muito tempo na frente de um computador. As lentes, ainda inacabadas, são embaladas com todo cuidado para não arranhar e seguem para laboratórios