Eça de Queirós - Tesouro
Eça de Queiroz
Resumo:
Guanes, Rostabal e Rui de Medranhos eram três fidalgos irmãos do Reino das Astúrias, os mais famintos do reino. Passavam os dias juntos à lareira, que há muito que não se acendia. Comiam, à noite, pedaços de pão, e depois iam deitar-se no estábulo para aproveitar o calor das suas três famintas éguas. Certo dia, acharam numa cova de rocha um velho cofre de ferro, este tinha três chaves e somente podia ser aberto com as três. Decidiram repartir o tesouro igualmente pelos três quando chegassem a casa e ficaram, então, com uma chave cada um. Mas a ganância dos Homens é por vezes mais forte que a razão e Rui, através de um diálogo subtil consegue convencer Rostabal a matar Guanes, de forma a ficarem somente os dois com o tesouro. Tal acontece quando Guanes volta da vila com comida e, novamente no local onde o tesouro estava, satisfazem-se com a comida que Guanes tinha ido comprar. Porém, ainda insatisfeito, Rui vai a uma das éguas de que dispunham e retira uma navalha com que apunhala Rostabal pelas costas. Felicitando-se por ter agora todo o dinheiro em sua posse, Rui festeja bebendo um dos garrafões de vinho que estavam na égua até à última gota. A sua “festa” e alegria não duraram muito pois rapidamente começou a sentir um fogo interior queimando-o. Correu até ao regato mas a água queimava-lhe a garganta como se fosse metal líquido. Era veneno. Guanes também tinha em mente matá-los. Rui caiu no chão inerte e o seu corpo ainda se encontra na mata de Roquelanes, bem como o tesouro.
O Tesouro é um conto de Eça de Queirós reunidos em Contos, publicado em 1902.
Estrutura da Acção
Introdução (dois primeiros parágrafos) – Apresentação das personagens e descrição do ambiente em que vivem;
Desenvolvimento (até ao penúltimo parágrafo) – Descoberta do tesouro, decisão de partilha e esforços para eliminar os envolvidos; Por sua vez, o desenvolvimento tem também uma estrutura tripartida:
- Descoberta do tesouro e