Eça de queiros
Escritor português, José Maria Eça de Queirós nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, filho de um magistrado, também ele escritor, e morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris. É considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70, já então aglutinados em torno da figura carismática de Antero de Quental, e onde acedeu às recentes ou redescobertas correntes ideológicas e literárias europeias: o Positivismo, o Socialismo, o Realismo-Naturalismo, sem, contudo, participar ativamente na que seria a primeira polémica dessa geração, a Questão Coimbrã (1865-1866).
Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística como redator. Colaborou ainda na Gazeta de Portugal, onde publicou muitos dos textos - indiciadores de uma nova estilística imaginativa - postumamente reeditados no volume das Prosas Bárbaras. No final desse ano, formou-se o "Cenáculo", de que viriam a fazer parte, nesta primeira fase, além de Eça, Jaime Batalha Reis, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e Salomão Saragga, entre outros.
Após uma viagem pelo Oriente, para assistir à inauguração do canal de Suez como correspondente do Diário Nacional, regressou a Lisboa, onde participou, com Antero de Quental e Jaime Batalha Reis, na criação do poeta satânico Carlos Fradique Mendes e escreveu, em 1870, em parceria com Ramalho Ortigão, o Mistério da Estrada de Sintra. No ano seguinte, proferiu a conferência "O Realismo como nova expressão da Arte", integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola, com influência das doutrinas de Proudhon e Taine. No mesmo ano, iniciou, novamente com