Eça, amado e odiado, mas competente
Eça Vilas Boas, brasileiro, nascido em Mato Grosso do Sul, estudado em São Paulo, advogado, casado por algumas vezes, apaixonado por voleibol sempre.
Odiado por alguns, mas, na modalidade voleibol amado por muitos. Para historiadores, foi o divisor de águas, antes de Eça, depois de Eça. Vindo de São Paulo nos anos 80, aliou-se ao Sr. Leite Neto para a fundação da Federação de Voleibol de MS. Com visão diferenciada, sabia que a modalidade daria um pulo para o sucesso e idealizou um projeto grandioso que passava pela inserção na Confederação Brasileira de Voleibol.
Deu inicio a formação dos primeiros árbitros de voleibol, pois afirmava sempre: “Voleibol se faz com jogadores e árbitros”. Rui, Bira, Cacá, Jorge, Chamba e Tânia Cheker, e até mesmo o Dr. Mikimba (Jose Luiz Pereira) fizeram parte do 1º quadro de arbitragem da FVMS.
Paralelo a isso, passou a organização das competições criando com Onézimo Filho a 1ª Copa Morena de Voleibol, cuja final no então Ginásio da UCE, lotado de Aquidauanenses teve a 1ª transmissão pela Tv Morena.
Na sua cabeça era preciso inserir o nome de MS no roteiro do voleibol. Trouxe para Campo Grande, ginásio do Moreninho (Eric Tinoco Marques) pela primeira vez o Campeonato Brasileiro da 3ª Divisão, alias, primeiro de vários que viriam para Campo Grande, Coxim, Aquidauana e Dourados.
Luciano do Valle criava mitos como, Bernard, Xandó, Willian, Bernardinho, José Roberto Guimarães, jornada nas estrelas, viagem ao fundo do mar. Eça Vilas Boas criava junto com o empresário Fabio Zahran a eterna Copagaz com Bozó, Serginho, Samuel, Tigresa, Pampa, Carlão e o técnico insuperável Murilo Amazonas, os nossos mitos.
Sonho utópico que empolgou os Sul-Mato-Grossenses durante anos. Sonhos como Copagaz x Pirelli no guanandizão (12 mil torcedores), Copagaz x Banespa no ginásio Dom Bosco (8 mil torcedores), Copagaz versus Chapecó, Sadia, Transbrasil e tantas outras equipes. Orgulho de ser Sul-Mato-Grossense