Teatro Tallia

O Teatro das Laranjeiras/Tália foi uma das obras encomendadas pelo Conde de Farrobo e consequentemente um dos melhoramentos que este fez na Quinta do Farrobo já constituída por um palácio de estilo italiano, estufas, labirintos, lagos e várias esculturas de mármore.1 Foi o interesse do Conde de Farrobo pelas manifestações de arte do espetáculo e música que o levou à construção deste teatro 1820. A família Quintela Farrobo, detentora da Quinta do Farrobo, da alta burguesia capitalista, era uma das protegidas pelo Marquês de Pombal e por isso se adivinha que este teatro teve uma época de grande esplendor onde se deram grandiosas festas (como era moda na época) com vários convidados da família real, nobreza e artistas importantes à época2. Em 1830 o teatro recebeu iluminação a gás, o que era uma grande inovação e, por isso, causou um grande impacto. Este factor é consideravelmente importante uma vez que veio consolidar, ainda que por um curto tempo, a importância que o teatro já tinha conquistado 3. Em 1842 o teatro sofreu um projecto de alteração por Fortunado Lodi que foi cunhado do Conde de Farrobo e o arquitecto que na mesma época foi autor do Teatro D. Maria II. Este é um factor importante, dado que conseguimos reconhecer, na fachada do Teatro Thalia, relações de semelhança com o Teatro D. Maria II. 4

O edifício recebe um enquadramento urbano, destacado e adossado. A fachada Este, está voltada para a Estrada das Laranjeiras onde, do lado oposto da rua, se encontra implantado o chafariz das Laranjeiras. Dentro do pátio, em posição fronteira ao alçado principal do palácio, é visível o Teatro Tália.
Segundo informações adquiridas na plataforma monumentos, o Teatro Tália apresenta dois pisos (mais um sobre a cimalha). A fachada de sete vãos apresenta 4 colunas de ordem dórica sobre as quais assenta um frontão triangular de tímpano liso e sobre os acrotérios duas urnas. No prolongamento das colunas e sobre plintos que avançam do peristilo, quatro esculturas em