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A ministra portuguesa da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, disse que vai punir os culpados, inclusive os próximos do governo.
A ministra portuguesa da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, disse que vai punir os culpados, inclusive os próximos do governo. www.portugal.gov.pt RFI
A polícia portuguesa prendeu nesta quinta-feira (13) onze pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de corrupção para a atribuição dos chamados vistos “gold”, concedidos a investidores estrangeiros. Depois dos chineses, os brasileiros são os que mais solicitam esse tipo de documento, criado durante a crise econômica para atrair capital para Portugal.
Vários responsáveis de alto escalão fazem parte dos suspeitos detidos, entre eles o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, a secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antonia Anes, e o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, Antonio Figueiredo. As onze pessoas serão submetidos a um primeiro interrogatório na sexta-feira (14).
“Ninguém está acima da lei e ninguém está impune, nem que esteja ao meu lado", declarou a ministra portuguesa da Justiça, Paula Teixeira Cruz. Os detidos são suspeitos de corrupção, tráfico de influência, desvio e lavagem de dinheiro em um esquema ligado à atribuição dos vistos “gold” para investidores estrangeiros. A oposição socialista teme que o caso possa afetar “a imagem do país”.
Vistos gold interessam os brasileiros
O sistema Autorização de Residência para Actividade de Investimento (ARI), que ficou conhecido como visto “gold”, foi criado pelo governo português em 2012, numa tentativa de atrair capitais estrangeiros para o país durante a crise econômica. Graças ao dispositivo, os investidores dispostos a desembolsar € 500 mil (R$ 1,6 milhão) na compra de uma casa ou de um apartamento recebem um visto com duração mínima de cinco anos. A outra opção para