Exposição e vias de entrada de agentes químicos no organismo humano
Existe uma incompreensão sobre o efetivo papel dos agentes químicos nas atividades da área da saúde. O primeiro equívoco é quanto à classificação errônea dos agentes químicos e dos riscos provenientes da sua manipulação. Costumam achar que gera risco somente aqueles produtos com elementos claramente estabelecidos, enquanto as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho classificam como risco químico toda uma gama de substâncias que possam ser inaladas pelo trabalhador ou absorvidas pela sua pele.
A inalação ou absorção pode ser dar com elementos na forma de poeiras, gases, névoas, fumos e vapores.
No segmento da saúde encontraremos agentes químicos nas diversas formas já citadas.
Poeira: São partículas sólidas geradas mecanicamente (por atrito, fricção ou outros meios) por ruptura de partículas maiores. As poeiras são classificadas em minerais (sílica, asbesto); vegetais (algodão, micro-filamentos do bagaço da cana-de-açúcar); alcalinas (calcário) e as poeiras incômodas que são aquelas que promovem interação com outros elementos do ambiente de trabalho majorando a sua nocividade.
Em clínicas e hospitais esses grupo de poeiras incômodas podem interagir com agentes biológicos. Micro-organismos patógenos podem se agregar à partículas de poeira e se aproveitar dessa interação para transitar por uma área maior de alcance transportados pelo vento ou pela varrição (proibida nos estabelecimentos de saúde exatamente por esse motivo).
Gases: É o estado natural de determinadas substâncias em condições usuais de pressão e temperatura. Podemos classificar nessa categoria o GLP, o hidrogênio e outros. É normal a utilização desses elementos na estrutura hospitalar.
Névoas: São micro-partículas líquidas resultantes da condensação de vapores ou da dispersão mecânica de líquidos, como a resultante do processo de pintura a revolver, ou o monóxido de carbono liberado pelos escapamentos dos carros.
Fumos: São partículas