Exportações de cerâmica para revestimentos para os eua – novas estratégias
Por Lauro Andrade Filho, Diretor da EXPO REVESTIR e responsável pelas áreas de
Mercado e Inteligência Comercial da ANFACER
Os Estados Unidos são, há mais de uma década, o maior importador mundial de cerâmica para revestimento. O país chegou a importar, em 2006, 255 milhões de m2 no valor de US$ 1,92 bilhão.
A bolha imobiliária norte-americana (subprime) foi o estopim da crise econômica internacional, que teve seu momento mais crítico em 2008, e tem reflexos economicos drásticos em diversos países até hoje.
Diretamente atrelado ao setor imobiliário, o segmento de construção dos EUA começou a sentir a redução nos volumes de negócios já em 2007, atingindo seu momento mais crítico em 2009, com reduções nos volumes de importações totais de cerâmica de 51,5% em m2 e 50% em US$, comparando-se 2009 (123 milhões de m2 e US$ 965 milhões) com 2006 (254 milhões de m2 e US$ 1,92 bilhão).
Em 2004, 2005 e 2006, momento do auge das compras Norte-Americanas de cerâmica para revestimento, o Brasil tornou-se o segundo maior fornecedor do produto daquele mercado, atingindo volumes de 46, 43 e 39 milhões de m2, respectivamente, com uma média de faturamento anual em dólares de US$ 160 milhões.
Com a crise, os exportadores brasileiros também foram afetados. Adicionando-se ainda no período a queda do câmbio e o momento pujante da economia brasileira, principalmente na construção civil, as exportações caíram para 8 milhões de m2 em 2010, ou, uma queda de 82%, nos volumes em m2 e 76% em US$, se comparado a 2004 (melhor ano do Brasil).
As importações globais norte-americanas de 2010 indicam uma retomada das compras de cerâmica para revestimentos de 5,7% em m2 (130milhões de m2) e 9,22% em US$ (US$ 1,054 bilhão), em comparação a 2009.
A maior parte deste crescimento pode ser creditado ao setor de construções classificadas como COMERCIAIS. Estima-se que o potencial deste mercado nos EUA em