exportações de automóveis do Brasil para a Argentina
Montevidéu, como estava previsto, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da
República, Marco Aurélio Garcia, assegurou que o regime automotivo entre ambos países será prorrogado. Em entrevista ao site argentino “Infobae”, Garcia referiu-se a um dos principais conflitos entre ambos os países no momento: o comércio de automóveis.
– Será prorrogado (o regime automotivo). É positivo para os dois países. Temos de resolver o problema das autopeças que estão em mãos das multinacionais. Deve ser estimulada a produção, seja na Argentina ou no Brasil – disse o assessor.
Dado à falta de entendimento entre os dois países sobre o intercâmbio de automóveis, em 1º de julho passado, entrou em vigência o livre comércio no setor. Até então, essas transações eram administradas, com regras e limitações acordadas por ambos os países.
Para os argentinos, a negociação de um novo acordo é fundamental, já que Buenos Aires teme que o livre comércio desequilibre a balança comercial. Já o Brasil parecia estar menos preocupado com o assunto e pouco disposto a ajustar o regime anterior. As declarações de
Garcia indicariam, porém, que a prorrogação do acordo está sendo negociada.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), entre janeiro e maio deste ano o total de automóveis exportados pelo Brasil ao mercado argentino atingiu US$ 1,676 bilhão, alta de 21,52% em relação ao mesmo período de 2012. Já a importação de automóveis da Argentina ficou em US$ 1,604 bilhão.
Garcia também lamentou a saída da Vale da Argentina, já que “o intercâmbio comercial entre os dois países perdeu US$ 1 bilhão”.
– Existe uma negociação particular com o governo argentino. Vai ser solucionado – afirmou
Garcia.