Exportação
O Brasil é o terceiro maior produtor de denim do mundo, mas apenas o nono maior exportador, perdendo apenas para a China e para a Turquia.
O foco das exportações brasileiras é o Continente Americano, principalmente a América Latina.
O impacto mundial da flutuação do câmbio, o fechamento de mercados de países como a Argentina e a Venezuela e a concorrência desleal chinesa são fatores que contribuíram para a diminuição da exportação brasileira nos últimos anos. Para o diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel: “O Brasil tem potencial para ser um grande exportador, atendendo o mercado mundial e local do tecido. As empresas estão inovando, trabalhando com estilo e design. Precisamos da capacidade de investir sistemicamente e isso depende do governo, de um câmbio mais favorável à exportação e de um sistema tributário menos oneroso e complexo” A invasão de produtos chineses no mercado mundial ocasionou uma concorrência desleal, pois o produto chinês tem um custo muito baixo. Segundo Pimentel, o produto fabricado lá fora estaria entre 20% e 30% mais barato. “Não falta investimento ou capacidade produtiva no Brasil, mas temos uma absoluta falta de isonomia concorrencial”, comenta.
É preciso considerar também a Turquia, que sai na frente do Brasil pois tem imposto zero, comenta Alessandra Andrade Leonel, diretora de exportação da Cedro Cachoeira, presente no mercado de denim há mais de 30 anos e produzindo 4 milhões de metros lineares por mês, para vender para a Europa. “Além do problema da concorrência desleal com a China, o mercado externo é muito focado em distribuição e o Brasil perde porque, para exportar para a Europa, por exemplo, são no mínimo 60 dias entre produção e entrega. O mercado europeu demanda produtos de pronta-entrega”, explica. Mas apesar das dificuldades de exportação, a executiva afirma que o Brasil é referência na América Latina por ser muito inovador.