explosivos
Os explosivos são aquelas substâncias que se decompõem rapidamente, com expansão súbita de gases e grande liberação de energia.
Por exemplo, a nitroglicerina é um explosivo cuja decomposição pode ser descrita da seguinte forma:
H2C ─ O ─ NO2 │
4 H2C ─ O ─ NO2 → 10 H2O + 6 N2 + O2 + 12 CO2 │ H2C ─ O ─ NO2 nitroglicerina
Observe que nessa reação 4 mol de nitroglicerina (o que corresponde a cerca de 900 g) liberam rapidamente cerca de 29 mol de gases quentes. O volume ocupado por esses gases, sob pressão atmosférica de 1,0 atm, é maior que 800 L.
Assim como a nitroglicerina, a grande maioria dos explosivos atuais contém em sua composição o elemento nitrogênio.
Porém, a nitroglicerina não foi o primeiro explosivo a ser produzido e sim a pólvora. Ela foi inventada no século IX pelos chineses, que misturaram cerca de 65 % de salitre (NaNO3), 20% de carvão e 15% de enxofre em massa. Os italianos e alemães, na Idade Média, aprenderam a adicionar compostos metálicos na pólvora, obtendo chamas com variada gama de cores e efeitos. Por isso, inicialmente a pólvora era usada apenas em fogos de artifícios.
O alemão Berthold Scwars (1310-1384) inventou o canhão e, com isso, a pólvora passou a ser utilizada também nas guerras.
Em 1425, a pólvora pulverulenta foi substituída pela pólvora granulada, sendo usada em diversos tipos de armamentos bélicos. Por muitos séculos, a pólvora foi considerada o único explosivo eficiente da humanidade.
Com o avanço da Química Orgânica, no século XIX, novos explosivos foram descobertos. O primeiro deles foi no ano de 1846, quando o químico alemão Christian Schönbein descobriu que a nitrocelulose (polímero natural, cuja estrutura de repetição é C6H10O5) pode reagir com o ácido nítrico, originando vários tipos de celuloses trinitradas, que quanto mais nitrogênios possuem, mais explosivas são.
A nitroglicerina foi inventada um ano depois pelo